sábado, 28 de fevereiro de 2009

UNDERGROUND, ALTERNATIVO, CONTRA-CULTURA



Underground ("subterrâneo", em inglês) é uma expressão usada para designar um ambiente cultural que foge dos padrões comerciais, dos modismos e que está fora da mídia. Muito conhecido como Movimento Underground ou Cena Underground.

A cultura underground também pode ser chamada de contra-cultura.
Entre os anos 80 e 90, a cultura alternativa virou febre entre certas tribos de jovens. Em São Paulo, foi o período do nascimento da Nation, Massivo, Sra. Krawitz e Madame Satã (sem contar outras casas menores que foram tão representativas para o momento como estas). No Rio de Janeiro, tinha a Kitschnett e a Crepúsculo, de Cubatão. O público que estremecia nas noitadas variava entre formadores de opinião, gays, baladeiros, jovens sedentos por música e outras figurinhas carimbadas que formaram a cara das baladas que agitam as nossas noites até hoje.

E é sobre a cultura underground de hoje que vamos falar. Parece que os clubinhos alternativos nunca estiveram tão em alta como hoje. Alguns diriam até que o underground está entrando na moda. Muitos jovens, até mesmo patricinhas e mauricinhos (assíduos freqüentadores das "baladas Vila Olímpia"), estão procurando na noite alternativa novas formas de diversão. Clubes como Lov.e entraram na rota desse povo, que aprendeu a gostar de música eletrônica e vai porque está na moda ser 'modernoso'.

De acordo com Claudão, sócio-proprietário do alternativo A Obra, em BH, esta invasão da "elite" nas baladas undergrounds é um processo natural: "a tendência de todo movimento cultural é ser de vanguarda no início, depois cair na moda, ser criticado, negado e substituído, e finalmente ser 'resgatado' no futuro". Segundo André Pomba, que faz o projeto Grind na Lôca e cuida do Dynamite Pub, "manter-se underground é continuar o mesmo quando a moda passa".

Mas afinal, o que é ser underground? Na verdade, a cultura alternativa é feita de uma verdadeira salada de explicações, mas poderíamos definir como aquilo que foge dos padrões convencionais, que está fora da mídia e que pode ser chamado também de contra-cultura.

Só para você ter uma idéia da mistura de conceitos, André Pomba define a balada underground como "aquela que não é destinada ao que toca na moda ou que vise um público imenso e/ou selecionado". Em outras palavras, é para todo mundo que procura se divertir muito até o pé criar calo.

Já LK da NEO considera underground "um lugar que dá espaço a novos DJs e novos projetos". Potiguara da Spin, também no Sul, diz que a balada alternativa "é aquela que tem verdade e conceito, que o público se adapta a ela e não ela ao público". E para finalizar, Claudão d'A Obra, diz que a balada alternativa é aquela que "trabalha com o tipo de manifestação cultural que independe de veículos pra se promover".